É uma linguagem de programação de alto nível, interpretada de script, imperativa, orientada a
objetos, funcional, de tipagem dinâmica e forte. Foi lançada por Guido van Rossum em 1991.
Atualmente, possui um modelo de desenvolvimento comunitário, aberto e gerenciado pela organização
sem fins lucrativos Python Software Foundation. Apesar de várias partes da linguagem possuírem
padrões e especificações formais, a linguagem, como um todo, não é formalmente especificada. O
padrão na pratica é a implementação CPython.
A linguagem foi projetada com a filosofia de enfatizar a importância do esforço do programador sobre
o esforço computacional. Prioriza a legibilidade do código sobre a velocidade ou expressividade.
Combina uma sintaxe concisa e clara com os recursos poderosos de sua biblioteca padrão e por módulos
e frameworks desenvolvidos por terceiros.
HISTÓRIA
O Python foi concebido no final de 1989 por Guido van Rossum no Instituto de Pesquisa Nacional
para Matemática e Ciência da Computação (CWI), nos Países Baixos, como um sucessor da ABC capaz de
tratar exceções e prover interface com o sistema operacional Amoeba através de scripts. Também da
CWI, a linguagem ABC era mais produtiva que C, ainda que com o custo do desempenho em tempo de
execução. Mas ela não possuía funcionalidades importantes para a interação com o sistema
operacional, uma necessidade do grupo. Um dos focos primordiais de Python era aumentar a
produtividade do programador.
Em 1991, Guido publicou o código (nomeado versão 0.9.0) no grupo de discussão alt.sources. Nessa
versão já estavam presentes classes com herança, tratamento de exceções, funções e os tipos de dado
nativos list, dict, str, e assim por diante. Também estava presente nessa versão um sistema de
módulos emprestado do Modula-3. O modelo de exceções também lembrava muito o do Modula-3, com a
adição da opção else clause. Em 1994 foi formado o principal fórum de discussão do Python,
comp.lang.python, um marco para o crescimento da base de usuários da linguagem.
FILOSOFIA
Parte da cultura da linguagem gira ao redor de The Zen of Python, um poema que faz parte do
documento "PEP 20 (The Zen of Python)",[26] escrito pelo programador em Python de longa data Tim
Peters, descrevendo sumariamente a filosofia do Python. Entre os vinte princípios do poema, estão
presentes:
Bonito é melhor que feio;
Explícito é melhor que implícito;
Simples é melhor que complexo;
Complexo é melhor que complicado;
Legibilidade faz diferença.
Pode-se vê-lo através de um easter egg do Python pelo comando:
>>> import this
APLICAÇÕES
Alguns dos maiores projetos que utilizam Python são o servidor de aplicação Zope, o compartilhador
de arquivos Mnet, o sítio YouTube e o cliente original do BitTorrent. Grandes organizações que usam
a linguagem incluem Google (parte dos crawlers), Yahoo! (para o sítio de grupos de usuários) e
NASA. O sistema de gerenciamento de reservas da Air Canada também usa Python em alguns de seus
componentes. A linguagem também tem bastante uso na indústria da segurança da informação.
A linguagem tem sido embarcada como linguagem de script em diversos softwares, como em programas de
edição tridimensional como Maya, Autodesk Softimage, TrueSpace e Blender. Programas de
edição de imagem também a usam para scripts, como o GIMP. Para diversos sistema operacionais a
linguagem já é um componente padrão, estando disponível em diversas distribuições Linux. O Red Hat
Linux usa Python para instalação, configuração e gerenciamento de pacotes.
Outros exemplos incluem o Plone, sistema de gerenciamento de conteúdo desenvolvido em Python e Zope
e a Industrial Light & Magic, que produz filmes da série Star Wars usando extensivamente Python
para a computação gráfica nos processos de produção dos filmes.